11/12/2011

Reinventando o Panettone

Tendo como base uma receita do Chef Giovanni Grasso - Ristorante La Credenza - que gentilmente a cedeu num curso de culinária Italiana Contemporânea em Agosto deste ano, resolvi modificar algumas coisas para poder servir para um grupo maior de pessoas e com poucos recursos na cozinha. A receita segue abaixo e fica muito gostosa. É servida como sobremesa e para esta época do ano é perfeita. Lembro que nosso Natal cai no verão, então servir algo que contenha um "geladinho" sempre cai bem.
Espero que gostem!
Ingredientes:
Panettone 500gr
Castanhas ou Avelãs para salpicar
Manteiga - 50grs
Sorvete de Creme (ou o que vc mais gostar)

Para o Molho de Chocolate
Chocolate Amargo 600gr
Creme de leite 2 caixinhas
Leite Integral - quanto basta

Para o molho do panettone
Leite Integral - 100ml
Açúcar (eu usei açúcar cristal orgânico) - 100grs
ovos - 2un

Como fazer:
Molho de Chocolate
Derreta o chocolate. (Eu faço isso no microondas. Vou derretendo aos poucos, mas quando retiro não está completamente derretido. Está bem mole. Daí ele termina de derreter sendo misturado. Isto evita que ele queime dentro do micro.) Deixe ele bem homogêneo e misture o creme de leite. Misture bem. Homogeinize. Aos poucos vá colocando o leite e misturando. Até se formar a consistência de um molho. Nem pra creme nem pra líquido. No meio do caminho.

Molho do Panettone
Bata os 2 ovos + o leite + o açúcar e reserve.

Para a montagem do prato
Corte o panettone em cubos médios.
Numa frigideira coloque um pouco de manteiga - o suficiente para cobrir o fundo da mesma. Passe os pedaços de Panettone no molho e frite deixando bem dorado todos os lados. Emprate e sirva com uma bolinha de sorvete de creme (ou o que mais gostar). Cubra com molho de chocolate e polvilhe com castanhas ou avelãs.

05/12/2011

Simplificando

Quanto mais eu cozinho, mais eu entendo o ser humano. E me experimento. Ouvi há um mês atrás que o que nos torna melhores ao longo do tempo não é o que agregamos, mas sim o que tiramos de nós mesmos, como uma escultura que emerge da pedra bruta. Aliás ninguém menos do que Michelângelo sabia disto. "Para dar uma explicação teórica sobre o ofício de esculpir, ele dizia que a figura estava presa no mármore e o que ele fazia era libertar ela. Fazia o esboço no mármore e depois o esculpia, libertando assim a estátua presa."
Mas o que isto tem a ver com cozinhar? Tudo! Pelo menos penso assim. Quanto mais simplificamos os pratos, mas sentimos seu sabor. Quanto mais elegemos ingredientes com inteligência e os harmonizamos, mais conseguimos discenir o que estamos comendo. Quanto menos ingerimos ou melhor, ingerimos com a sabedoria da necessidade e não da gula, mais somos saudáveis. O ato de cozinhar necessita de plena atenção, mas esta é outra história...

20/11/2011

Pizza! Preferência Nacional...

Olá!
Depois de um tempo em jejum estou retornando devagarito ao blog. Mudanças no trabalho... mudanças de trabalho... novos desafios e muitas iDÉIAS na cabeça... enfim... Nada melhor do que uma pizza pra relaxar e nada melhor do que brincar  com a massa da pizza dando uma incrementada no negócio.
Incorporei à massa folhas de alecrim, sálvia e cebolinha verde picadas. Ficou tuuudo de bom.
A foto é da pizza de presunto e queijo que o namorido pediu. Mas fiz uma meia margherita, meia brócolis que amooo, mas não saiu pra foto. Foi comida antes do acionamento do flash!
O negócio é simples... aí vai a receita da massa.
2xicaras de farinha de trigo
1colher de café de açúcar mascavo
1colher de café de fermento biológico seco
3 colheres de azeite de oliva
1 colher de chá de sal
Alecrim
Sálvia Picada
Cebolinha Verde Picada
Modo de fazer
Num recipiente misture a farinha de trigo com o sal e as ervas. Numa xícara ou caneca coloque o fermento, o açúcar e o azeite. Misture tudo. Adicione ate metade de água. Deixe crescer um pouco. Incorpore à massa esta mistura e va colocando agua aos poucos na massa, sempre mexendo com as mãos. Assim que a massa estiver descolando dos dedos é sinal que estará pronta. A quantidade de ervas depende do gosto do freguês. Procuro usar tudo de forma comedida pq são temperos com sabores fortes.
Depois deve-se deixar a massa dobrar de tamanho, colocar numa superfície dura e passar o rolo...
Ontem fiz a pizza, hoje com o que sobrou de massa resolvi modelar uns paezinhos e assar. Ficou tri bom. Pão com ervas! A la Michele Valent!
Apreciem!


10/10/2011

Ragú de Javali

Bem... alguns amigos sabem da minha última aventura na cozinha: Il Cinghiale! Magnífico! Pois bem, do que sobrou, e que não foi muito resolvi fazer ragú. Na real se deve fazer com carne ainda não cozida, mas era o que tínhamos para o momento.
Ficou com uma cor e com um sabor espetacular. Vale a receita também para os cortes de carne de gado mais duros. Fugindo um pouco do sabor da tradicional carne de panela.
Aí vai...
Ingredientes
500grs de Javali (eu misturei pernil e costela - sem o osso claro!)
meia cebola média
um dente de alho
4 tomates italianos
meia garrafa de vinho tinto (Cabernet Sauvignon)
Pepperoncino (na falta pode-se usar um pouco de molho de pimenta)
Sal a gosto

Ragú de Javali
Modo de Fazer
Cortar o Javali grosseiramente
Numa panela refogar a cebola e o alho
Adicionar a carne e fazer fritar
Adicionar o tomate em cubinhos com casca e semente
Deixar o tomate dissolver bem.
Adicionar a pimenta ou o pepperoncino. Ir mexendo sempre
Adicionar o vinho, baixar o fogo e deixar reduzir à metade.
Depois escolher a massa de sua preferência e está pronto! Eu usei Fetuccine Italiano da Barilla pq é bem mais largo que os daqui. Mas pode ser usado o Pappardelle que dá quase no mesmo. Não aconselho Spaghetti pq é fino demais. Além de não absorver o molho não fica esteticamente legal com a carne. Fica desproporcional.
Bom apetite!

O Pão Nosso de Cada Dia


Pão Integral com Cerveja
 Sábado de chuva e uma das melhores maneiras de perfumar a casa: fazendo pão! Amoooooo! Fiz dois pãezinhos: o Português, cuja receita está no Blog e um integral, cuja receita repasso abaixo. O barato de fazer pão é inventar! E é muito melhor qdo dá certo! Acredito que assim como tenho boas mão para plantar também tenho para fazer pão! Genética! Grazie Dio! Herdei da minha querida avó materna: Tereza Ascoleze Bonato. Saudades Vó! Ela esticava a massa para fazer o fetuccine com um cabo de vassoura, que minha tia Rosa guarda até hoje. Está lisinho, lisinho... eu adorava fazer os rolinhos e cortar com a faca bem devagarinho e ao final ver a massa se desenrolar. Que maravilha!! Bom... vamos à receita. Lembrando que estas medidas dão um pão de aproximadamente 300grs. Pesado e delicioso. Que satisfaz com uma única fatia. Bem... para alguém do meu tamanho lógico.
A receita abaixo não é a original. É a modificada por mim e pasmem! Ficou uma delícia. Resolvi substituir a água por cerveja. Usei a Eisenbahn N5. Mas qqer cerveja preta ou tipo Pale ou Strong Ale fica bom. E o negócio é ir colocando aos poucos para não deixar a massa molhada demais e depois ter que compensar com + farinha, que na real nunca dá certo isso.

Ingredientes
300grs farinha Integral
90grs de aveia em flocos
9grs de leite em Pó
12grs de açúcar mascavo
4grs de sal
18grs de fermento biológico seco
18grs. de manteiga sem sal (em ponto de pomada)
1 ovo
3 colheres de sopa de linhaça
30grs de nozes pecan
+- 165ml de água

Modo de fazer
Coloque todos os ingredientes secos na masseira e bata. Aos poucos vá adionando os liquidos. Por ultimo sempre a água, ou neste caso a cerveja que eu citei acima. Deixe formar uma massa homogênea. Retire da masseira e modele ou coloque numa forma untada. Leve ao forno pre aquecido por aproximadamente 45minutos a uma temperatura de 200°. Ah! Coloquei algumas sementes de girassol para decorar. Tem um sabor muito bom depois de assadas.
Aprecie sem moderação! Porque o álcool da cerveja se foi deixando somente o gostinho...

29/09/2011

Cores à Mesa


Esse negócio de que beleza não põe mesa tem lá suas incoerências... Eu, libriana de carteirinha, com um Sol em Leão e uma Lua em Touro sou a criatura mais encafifada com estética que conheço. Chego a ser um saco! Mas... não é só o que colocamos no prato que deve ser (na minha opinião) bonito. E isso não significa que deva ser sofisticado. Pode ser simples, aliás, DEVE ser. Mas acima de tudo, belo. Encantador. Sendo assim apresento para quem não conhece a Feito a Dois. Uma oficina de pura criatividade. Denise, a artista que juntamente com seu marido, Marcos, tocam a loja e a fábrica. A vitrine mais bela de Canela, na Serra Gaúcha. Sem sombra de dúvidas. A técnica de vitrofusão é uma obra de arte porque as peças são feitas uma a uma... cortadas, coladas, sobrepostas, enfim... arte pura! Além dos pratos, sousplats, travessas, eles também fazem trabalhos lindos em vidro para portas de cristaleiras, espelhos e cubas para lavabos ou banheiros. Vale a Visita! As meninas que atendem na loja são um amor. Dêem uma olhada e me digam se não tenho razão. Av. Dom Luiz Guanella, 925 - Canela/RS - CEP 95680-000
(54) 3278 1765





Lustre do Centro da Loja. Não está à venda. É o xodó do proprietário! Também...
Beleza à Mesa...

A Vitrine mais Bela de Canela. À Noite Então...

20/09/2011

Pão Português - A Receita

Independentemente da forma que ele tem, o sabor deve ser sempre o mesmo! As vezes eu coloco na forma, as vezes não... As vezes faço forma redonda, as vezes não... enfim, seja como for deve ser saboroso. Ai vaí a receita do Pão Português.
Esta proporção equivale a 20% da original. Portanto para mais pães basta fazer o cálculo.
Ingredientes:
Farinha de Trigo - 490grs
Sal - 10grs
Açúcar Branco - 49 grs (eu tenho colocado apenas 25grs porque com 49 ele fica meio doce, mas tem quem goste, entao experimente)
Leite em Pó - 5grs
Ovo - 2unidades
Gordura Vegetal - 49 grs (pode usar manteiga como alternativa)
Fermento Biológico Seco - 12grs
Água - 196ml (esta é a medida, mas eu vou colocando aos poucos porque as vezes esta medida é demais e a massa fica mole)

Maneira de Fazer - Colocar todos os ingredientes secos na masseira e ir batendo. Depois colocar os liquidos (ovo, gordura e água) Agua deve ser colocada aos poucos. Deixar bater até obter uma massa homogênea e elástica. Que não cole nos dedos ao toque.
Retira-se da masseira, coloca em cima da bancada com um pouco de farinha de trigo e faz o formato que deseja. Deixa fermentar ate que dobre de volume.  Depois ponha numa forma e pincele com Oleo de Oliva.
Forno a 200° por pelo menos 45 minutos.
Depois é só saborear... fica super bom!!
Bom Apetite!

18/09/2011

Generosidade

 
Beleza Generosa. Abundante para quem puder ver.
Sítio dos Collies - Guaíba.


Olá.
Nos aproximamos de determinadas pessoas em detrimento de outras porque temos com elas também determinadas afinidades. Óbvio! Neste final de semana "na Colônia" descobri qual é a maior afinidade entre mim e meus amigos: GENEROSIDADE. Busquei a liga que nos une e rapidamente me veio a resposta, como uma iluminação búdica. Eu tanto recebo em casa meus amigos como sou recebida com Generosidade. Tudo que eu ofereço e que eu recebo tem Generosidade. Sair de casa com uma cesta cheia de guloseimas, voltar com ela lotada de alimentos cultivados com carinho e respeito: sinal de generosidade. Ser recebida com alegria e passar um dia em paz: Generosidade. Sábado passei um dia indescritível em Viamão, no sítio Arupa dos amigos Priya e Deva. Um almoço preparado a quatro mãos e milhares de idéias, lembranças, projetos, sintonia. No cardápio o meu pão (sem sal), cuja foto eu tirei viu Popó! Tu não viste (hehe). Pão típico Italiano. Completamente sem sal! Lindíssimo sim. Uma obra de arte pelo simples fato de ser espontâneo. As pastas: de pepino, grão de bico e beringela... uma ciranda de perfumes e sabores. A salada com folhas não convencionais e flores também. No prato principal uma receita de Pernil de Cordeiro tendo como base um coulis de inhame e um chutney de pera. O cordeiro marinado no café, anis estrelado e cardamomo... de comer ajoelhado, sentado, deitado... enfim... espetáculo. E para arrematar a receita de sorvete de wasabi com biscoito beijo de dama, aprendida no ICIF com o Chef Italiano Giovanni Grasso (grazie maestro). Depois de um longo e prazeroso almoço, caminhada pelo sítio, mais idéias, mais projetos, e colher verduras e raízes para... me presentear. Generosidade.
Generosa também é a Natureza. No nosso almoço praticamente foi obtido com o que tínhamos à disposição. Diz Priya: "Déia, não precisamos de muito para nos alimentar, para viver. Se a gente olhar para tudo o que fizemos hoje está tudo aqui... está tudo a nossa volta." Sim. Está. E assim também não precisamos buscar fora o que há dentro, basta parar, silenciar e lá estará. Pois lá sempre esteve. Obrigado Priya. Obrigado Iara Camaratta Anton.

Pão (sem sal) e pastas de beringela, pepinos e grão de bico (by Priya)
 
Saladinha. A flor parece pintada à mão.

Cordeiro no Café, Colis de Inhame e Chutney de Pera.
Cordeiro marinando... Obra Prima!
Sorvete de Wasabi com Biscoito Beijo de Dama Molho Shoyu e Aipo.
Generosidade

08/09/2011

O Alimento da Prática

O Sesshin é um retiro Zen Budista que acontece durante alguns dias, onde os participantes praticam Zazen (meditação sentado), Kinhin (meditação caminhando), Teisho (palestras formais), Oryoki (refeição em plena atenção).
Eu participei há alguns anos de um final de semana no Caminho do Meio em Viamão, com o monge Genshô. Foi uma das experiências mais interessantes que já vivi. Para começar fazemos voto de silêncio. Palavras não são permitidas e cá entre nós... dispensadas... Em segundo lugar a alimentação, vegetariana maravilhosa, nos dá energia para enfrentar as oito ou nove sessões de Zazen por dia (40 minutos cada uma - sentados de frente para a parede em total silêncio). O toque de Alvorada acontece às 04:30. Direto para o Zendô: sentar e meditar. A cada Zazen, uma caminhada - Kinhin - 10 minutos. A cada respiração dá-se  meio passo. Controle no começo, entrega no final. O alimento durante os dois dias e meio de Sesshin é o que nos mantém praticando, porque o corpo chega a um determinado momento que sucumbe. Primeiro vem as dores fortes, caimbras... depois todo aquele sofrimento passa a não ter mais importância e simplesmente sentamos. Mente vazia, limpa. Não sentimos mais dor. O foco sai dela.
Nesse processo todo o ritual de alimentar-se e o que se ingere tem fator fundamental na sobrevivência ao Sesshin. Sim, porque alguns não aguentam e vão embora antes de acabar o retiro. O que é comum e respeitado.
Antes das refeições lavamos as mãos agradecendo em uma oração (orações e perguntas nas palestras são as únicas palavras permitidas, assim como a recitação de sutras, que nos ajudam a constituir um vínculo com o grupo (Sangha). Cada um se serve em silêncio, observando com cuidado a quantidade que irá colocar em sua tigela (Oryoki) pois deverá comer tudo. Todos devem pegar uma fatia de pão para retirar todo o resíduo no final da refeição. A tigela tem que ficar praticamente limpa. Assim economiza-se água. Todos só comem quando o último se serviu e se sentou. Enquanto todos comem a plena atenção é praticada. O alimento é o que nos permite seguir praticando por isso deve ser respeitado. Todos os sons são ouvidos, os sabores identificados assim como os odores e as diversas expressões nos rostos das pessoas ao comer traduzem mais do que mil palavras.

07/09/2011

O Sabor Que Vem do Coração

Sempre fui  partidária da boa refeição à mesa temperada com a genuína amizade. Neste piccolo feriado experimentei mais uma vez a boa amizade e a excelente refeição.
Resolvi dar um passeio à Teutônia, e visitar minha mais recente amiga, Michele Valent. Em meio à boa conversa, piadas impagáveis e recortes de memórias das famílias, fui presenteada com uma refeição dos deuses! Vale dar uma olhada no blog da Michele (Un Giardin Sul Balcon) para ver o que ela generosamente me serviu. Mas mais do que apreciar a excelente gastronomia foi presenciar e experimentar a sensação de entrar no jardim multiperfumado que ela com tanta dedicação e amor cuida. Comemos flores e folhas colhidas na horinha... temperadas com a emoção de Michele ao servi-las. Feliz da vida! Uma parede inteira de livros... momentos de estudo e respeito pelo que vai plantar e no que vai mexer e como mexer... "Andréia, os alimentos falam contigo... te dizem como querem ser servidos... como devem ser cortados..."  Nada mais Zen Budista do que isso. Vim pensando até Porto Alegre que se conseguimos ouvir o que as plantas nos dizem, estamos a meio caminho da iluminação. Nos aproximamos ainda mais do que primitivamente somos, trazemos à tona nossa simplicidade... nossa origem e isso para mim facilita tudo. Nos diminui a ansiedade, nos torna mais ternos e tolerantes... menos arrogantes e intransigentes... Nos faz agradecer os dias de Sol e os de Chuva com o mesmo entendimento da necessidade de ambos. Nos humaniza. Toda essa tendência de se falar em Gastronomia, Chefs pra cima, Chefs pra baixo... me faz pensar que se estamos hoje, em pleno século 21, nos voltando para falar em comida e nos preocupando com o que comemos talvez estejamos finalmente fazendo o caminho de volta... de volta para a colônia... de onde talvez jamais devêssemos ter saído.

06/09/2011

Linha Imperial

Linha Imperial, próxima à Nova Petrópolis reserva algumas supresas bem agradáveis. Para quem gosta de pão de mel tem um dos melhores que eu já comi. A Casa do Pão de Mel  - para quem desce de Gramado em direção à Porto Alegre, entra à direita na rua em seguida à Lombada eletrônica e dobra na primeira à esquerda. Logo adiante fica o local. Uma delícia. Fazem um marzipan... ai ai.
Bem, se a gente dobrar nesta lombada eletrônica à esquerda e andar mais uns 400m encontrará o Le Gourmand (5432981098), um restaurante charmozérrimo que é a cara dos donos. Daisy, a Chef que gosta de ser chamada de cozinheira é um espetáculo à parte. Divertida, expontânea e muito atenciosa. O marido, que cuida do salão, um doce de côco. O casal também mantém uma pousada recém inaugurada, com uma proposta bem interessante. No cardápio alguns pratos muito saborosos: Pato, Cordeiro, Filés... e a melhor Batata Suíça que eu já comi na vida! Vale a pena! É legal reservar porque como a casa é pequena pode-se correr o risco de não conseguir lugar, o que seria uma lástima!

Polenta dos Deuses!

Localizada na estrada entre Canela e Gramado quase em frente ao Mundo a Vapor está a Cantina 28. Especialidade: Polenta. Uma orgia gastronômica... Polenta de Bacalhau, Polenta de Menta com Linguiça Picante, Polenta aos Quatro Queijos e a tradicional Polenta Mole. Num ambiente bem bacana a gente é recebido pelo casal Clara e Renato. Tudo no restaurante é alusivo ao número 28, até o telefone...
Além das polentas a Chef Clara prepara um carpaccio de beterraba maravilhoso e seu molho de funghi é algo muito especial... parece que estamos comendo carne. A casa oferece bons rótulos de vinhos e cervejas artesanais. A Cantina 28 fica numa casa bem espaçosa com um jardim cercado de araucárias. Excelente para se colocar em prática o Slow Food.

01/09/2011

Cartas para Julieta



Ambientado na doce e maravilhosa Toscana (ai que saudades...) o filme Cartas para Julieta traz uma história meiga e de fé: acreditar que aquilo que é verdadeiro não tem tempo para acontecer... na realidade não acontece seguindo os ponteiros do relógio, mas sim os ponteiros caleidoscópios dos movimentos do Universo. As lindas paisagens de Siena e Verona parecem bailar entre os personagens, que frenéticos vão atrás de seus amores: um pela cozinha, outra pelo amor ideal, outra pelo seu reencontro e outro pelo sua cara metade... enfim... a parte do filme que mais me emocionou foi a leitura da carta, no final. "E" e "SE"... separadas não tem ameaça alguma, mas juntas: "e se" podem fazer um belo estrago. Tudo isso para compartilhar que o rótulo do Brunello di Montalcino servido à Vanessa Redgrave, proveniente da Vinícola Borgo Scopeto e Carpazo, está aqui em casa! Ainda não o abri. O estou admirando e me projetando para dentro da garrafa numa tentativa de sentir a energia dos campos da Toscana!


Este vinho recebeu de Robert Parker 92 pontos em 2005. A vinícola comemorou seus 40 anos no ano do lançamento do vinho - 2010.


Curioso: eu também comemorei 40 anos em 2010 e agora esta bela garrafa está em minha adega. Acreditem ou não o Universo sim conspira a nosso favor!

30/08/2011

Gastronomia da Emoção





Entre 16 e 19 de agosto o ICIF, em Flores da Cunha promoveu um encontro com o Chef Italiano - Giovanni Grasso. Com o objetivo de mostrar as cores e os sabores da gastronomia italiana contemporânea. O conceito do Chef simples: explorar todos os sentidos num mesmo prato. Oportunizar a quem o prova uma experiência desde a visão até o paladar mais profundo, mexendo com a criatividade nas cores e nas formas.

Um grupo de 14 pessoas foi formado e a sinergia ali se estabeleceu prontamente. Foi uma semana de intensas emoções e descobertas.

A cada dia 5 ou 6 pratos diferentes, preparados pelos grupos, com atenção, carinho e muita dedicação.

Como disse a querida Michele Valent: é quase uma obra do Miró! Sim é!

Giovanni é proprietário do La Credenza. Ristorante Italiano a Torino, Italia!

Sem dúvida, uma semana única... como uma obra de arte... como tem que ser a vida!




Abrindo a Casa

Prá mim uma casa sempre foi sinônimo de lar, abrigo, aconchego, segurança. De uns tempos pra cá tem sido também sinônimo de boas energias, de amigos circulando, de calor em torno do fogão à lenha ou de champagne gelado à sombra do jardim.
Casa de Babette é a união do nome referido no filme: A Festa de Babette (filme dinamarquês de 1987, que conta a história de Babette, que fugindo da França durante a repressão à Comuna de Paris - 1871 - se emprega como faxineira e cozinheira na casa de duas mulheres solteiras, filhas de um Pastor, onde vive 14 anos. Ao ganhar numa espécie de Loteria resolve então preparar um jantar em comemoração aos 100 anos do Pastor. E faz um sucesso danado!), com esta idéia do que é para mim "Casa".
Sempre que preparo jantares ou almoços mantenho minha atenção no cuidado com os detalhes porque me coloco no lugar das pessoas que lá estarão e mesmo não chegando à perfeição procuro deixar todos muito satisfeitos com tudo o que foi servido.
Não se trata somente do que comemos, mas em que energia do momento estamos ingerindo o alimento e o motivo pelo qual aquilo está acontecendo. Estes dias postei no Facebook que os encontros na minha casa não eram gastronômicos somente, mas eram encontros de alma... Respeito os alimentos e a maneira como os preparo porque me importo com o que os outros vão comer. E o curioso é que, sem exceções, todo mundo sai com aquela expressão de ter nutrido o corpo e o espírito. E eu fico dias a fio curtindo a energia deixada de presente pelos amigos que la passaram... as palavras que disseram vão ficando gravadas pelas paredes... ecoando nos objetos e como numa grande festa o som ainda se propaga distante.
Este espaço compartilhado com meus amigos é de vida! Energias, descobertas, convívio.
Quem sabe a Casa de Babette não abre outras portas?
Entrem... fiquem à vontade! Apreciem... SEM MODERAÇÃO!


Sou...

Minha foto
Uma apaixonada pela vida com todas as suas complicações e gratas surpresas.