05/08/2013

Cozinha e Liderança ou Liderança na Cozinha?

Neste ano de 2013 iniciei o Mestrado em Gestão e Negócios, na Unisinos. E como de costume já inseri meus colegas no mundo das delícias da Casa de Babette. Nesta vibe de temperos e comidinhas gostosas também divulguei o blog. Bom, até aí nenhuma novidade. 

No final do semestre passado nos foi pedido pela Professora Patrícia Fagundes, um trabalho final. Uma obra de arte que contemplasse nossas principais competências em Liderança. Eu fiz um vídeo que mostra a receita do Pão Português e com ele um papo sobre liderança. Conectando de maneira espontânea e criativa estes dois mundos. Até que foi divertido. Infelizmente não consegui passá-lo por motivos técnicos: sou psicóloga, não técnica em informática nem editora de vídeos! Não deu muito certo.

Mas o desafio seguiu e aqui deixo algumas conexões sobre liderança e cozinha.

A começar pela roupa do Chef, cujo Dólmã era na realidade parte de um traje militar turco, a passar pelo chapéu mais alto da cozinha. Todos signos de poder. Para quem já trabalhou ou trabalha em cozinha sabe o que é a guerra na correria em atender os clientes. Aquele glamour que vemos no prato, quando servido. A obra de arte estampada em cores e sabores, não imagina que por detrás da "obra" normalmente estão pessoas quase se matando. 


Exagero ou não, procure dar uma espiada em uma cozinha de restaurante quando ela está bombando: facas voando, fogo saindo pelas ventas! Daí a importância suprema de um líder. Daí a importância de competências de uma boa e eficaz liderança. Alguém que direcione, que acalme, que organize, que de os feedbaks certeiros e justos, que harmonize, que elogie, que se alegre, que "pegue" junto.

A arte de cozinhar é tão desafiadora como a arte de liderar. E para mim são duas artes de guerra, pois demandam estratégia. Cozinhar para cinco ou para quinhentas pessoas demanda logística. Assim como para liderar cinco ou quinhentas pessoas.  Competências como: escuta aberta, plena atenção, capacidade de tomar decisões rápidas, quando necessário, empatia, espírito de equipe, olhar sistêmico, agilidade, enfim... fazem parte destas duas artes, para mim.

De todas as vezes em que encarei a cozinha - e olha que já cozinhei para muitas pessoas - minhas competências de liderança foram exigidas. Desde motivar a equipe e influenciá-la para que conseguíssemos chegar ao objetivo, até coordenar as atividades, acompanhando os movimentos dos membros e as mudanças que iam ocorrendo ao longo do processo.

Ao final, sucesso! Bons pratos! Satisfação dos clientes. Alegria e reconhecimento para todos os envolvidos. Isso sim faz valer a pena.





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