13/02/2013

Espontaneidade

melão crescendo

Faz horas que venho até o blog e não sai nada. Completamente sem inspiração... até que... Cheguei em casa depois de 9 dias fora em viagem à Patagônia Argentina. Lógico que completamente alucinada pelas belíssimas obras de Deus naquele lugar. Como não me inspirar?! Aliás, posts sobre a viagem vêm aí ole ole olá!

Belas ideias, coisas boas e produtivas surgem de onde menos se espera. E minha casa mais uma vez me ensinou isto: na forma de um pé de melão que cresceu sobre o piso próximo à cozinha e os dois pés de pimenta que brotaram no vaso do bambu. Completamente espontâneos! Eu plantei sementes de melão no quintal e sementes de pimenta em vasos. As sementes voaram? Os pássaros as levaram? Não importa. O que importa é que eles escolheram seus lugares e ali estão. Num ato de espontaneidade estão vivos, produtivos.




Todo este movimento de vida me fez pensar - enquanto fotografava, olhava, admirava... o que fazemos com nossa espontaneidade? É curioso este post neste momento, pois justamente agora estou envolvida com este tema para um trabalho de conclusão da especialização. Mas enfim...


A percepção que tenho é que quanto mais controlamos, quanto mais temos medo, quanto menos arriscamos, menos estamos preparados para o novo, para a mudança. Mais resistências em sair da nossa boa zona de conforto, e assim por diante.

Não confundamos espontaneidade com sinceridade ou o falar tudo o que se deseja. Isto é outro departamento. Isto nada tem a ver com ser espontâneo. Lembro de uma passagem de um autor chamado Jacob Levy Moreno - o pai do Psicodrama - que diz que nasceram mais Michelangelos, mais Jesus Cristos do que os que conhecemos, mas o que fez com que estes homens tivessem tido a vida que tiveram? O que fez com que eles tomassem as decisões que tomaram? Certamente, a espontaneidade.



Escrever, compor, pintar, rezar, cozinhar, fotografar, seja lá qual verbo for... em todas estas ações é possível ser espontâneo.

As sementes das pimenteiras e do pé de melão aqui de casa foram 100% espontâneas: onde eu as plantei, não frutificaram. Elas escolheram seu lugar e espontaneamente apareceram, para a minha felicidade. E com a espontaneidade veio a criatividade: lugares pouco ou nada comuns para o cultivo de ambos.  Aprendi. E de forma espontânea escrevo e compartilho este momento que pra mim é digno de encantamento.



Um comentário:

  1. Lindo e tens toda a razão! Uma das coisas mais legais do meu jardim é descobrir nascimentos espontâneos aqui e ali. E, se não fossem essas espontaneidades, muita coisa plantada de propósito, de forma controlada, teria perecido por ficar excessivamente exposta às pragas.

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