Ano passado percebi que um dos meus enxertos estava morrendo. Olhando de perto percebi que o "cavalo", ou seja, sua muleta, havia se desenvolvido mais e acabou por matar o enxerto.
Hoje, colhendo lindos e perfumados limões sicilianos, percebi que outra frutífera, desta vez de laranja sanguínea estava no mesmo caminho. Daí me veio a conexão: em vários momentos da vida precisamos de um apoio, de uma muleta, mas se não a deixamos em tempo, ela se enraíza e passamos a ser ela e não nós. Já percebi isto em alguns de meus pacientes. E em mim mesma.
Amanhã, com respeito e agradecimento, cortarei a "escora" de minha laranjeira, pois enquanto esta estiver lá, impedirá a outra de dar frutos.
E quanto as suas?


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